segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O FIM DE UMA ESTRATÉGIA VI

ECOCENTROS
Um dos aspectos considerados fundamentais para o sucesso da estratégia preconizada no PERECMOS era a necessidade de construir um conjunto de Ecocentros nos quatro municípios integrantes do sistema.
Foi em 2004 solicitado a cada um dos municípios a indicação de 2 localizações para que a Tratolixo pudesse iniciar o processo de realização dos respectivos projectos e consequentemente lançar os concursos para as empreitadas.
Mafra foi o primeiro município a indicar duas localizações: Ericeira, com a remodelação do pseudo ecocentro que lá existia e que era explorado pela Junta de Freguesia de Ericeira, e Abrunheira, junto às oficinas da CMM.
Estes dois ecocentros foram construídos e o da Ericeira encontra-se em funcionamento, enquanto o da Abrunheira aguarda a resolução de alguns problemas de licenciamento.
Em Cascais foram indicadas 2 localizações, Tires e Abuxarda. A Tratolixo procedeu à elaboração dos respectivos projectos e lançou os concursos para a sua construção.
Quando a obra do Ecocentro de Tires foi iniciada, logo no início do mandato de 2005/2009, o Pelouro do Urbanismo era agora detido pelo Vice-Presidente Dr. Carlos Carreiras que, não concordando com aquela localização, mandou embargar a obra. Também a obra da Abuxarda, já concursada, teve igual destino.
Numa atitude de desacreditação técnica da Tratolixo chegou a ser enviada uma delegação da EMAC visitar alguns Ecocentros na Holanda, provavelmente para tentar concluir que um Ecocentro não era o que estava vertido nos projectos e no conceito desenvolvido na Tratolixo.
Conclusão tirada que o modelo Tratolixo era tão bom como o que de melhor se faz na Europa, em 2009 a Câmara de Cascais finalmente indica uma hipótese de localização em Alvide que, por se encontrar na zona de protecção da Escola Secundária de Alvide, não foi autorizado pela CCDR.
Em Cascais continuam por construir os dois ecocentros, correndo-se o risco de que tal já não venha a ser possível executar no âmbito do PERECMOS, uma vez que a utilização das verbas do Project Finance terminam em 2010.
Em Oeiras foram indicadas duas localizações também em 2004, uma em Laveiras e a segunda em Outurela.
Também aqui foram elaborados os projectos mas surgiram dois tipos de problemas: em Laveiras concluiu-se que o terreno onde tinha funcionado o Aterro de Laveiras não era propriedade da CMO pelo que se aguarda a resolução da titularidade do terreno por parte da CMO, enquanto em Outurela há um problema com os acessos ao terreno pelo que também este projecto não avançou para execução de obra.
Sintra, neste como em outros exemplos, só em 2009 apresentou duas hipóteses de localização, não reunindo nenhuma delas condições para que se possa instalar ecocentros nesses terrenos.
Assim, a exemplo de Cascais, também Oeiras e Sintra poderão perder a oportunidade de financiar através do PERECMOS os seus dois ecocentros por, ao longo de 5 anos não conseguirem encontrar terrenos onde se possa efectuar tal implantação!

1 comentário:

  1. É impressionante a celeridade e eficácia que estes municípios dão aos seus problemas de ambiente. Não basta encher-se a boca de ambiente se depois pouco ou nada se faz em concreto pelo ambiente...

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