sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

AFINAL O PERIGO ESTÁ NAS ASAS?


O atual governo resolveu legislar de forma “moderna” criando novos impostos ambientais, a dita fiscalidade verde.
Um disparate que vai ficar para a história.
Confesso que tenho uma enorme dificuldade de entender a lógica ambiental destes novos ou agravados impostos.
Carregar os combustíveis com mais fiscalidade, com o impacto que daí advém na economia do país é no mínimo incompreensível à luz da necessidade premente de desenvolver a competitividade do nosso país tão debilitada mesmo sem estas ajudas.
Mas o que me motiva a escrita é o novo imposto sobre os sacos de plástico.
“Grande medida”.
O plástico é um resíduo com grande dificuldade de degradação em aterro. É verdade.
Mas que se saiba, é um problema do plástico, não dos sacos de plástico em particular!
Todas as outras embalagens de plástico, os utensílios, a manga ou o filme plásticos sofrem do mesmo problema ambiental.
Aliás, também por isso, foi desenvolvida toda uma lógica de recuperação e reciclagem de resíduos onde pontifica o plástico, para além do papel, do vidro, dos óleos ou das pilhas.
A resolução do problema ambiental, criado pelo plástico, passa pelo incentivo da prática de recuperar, reutilizar e reciclar o plástico.
O Senhor Ministro do Ambiente sabe muito bem disso mas, entre o fazer o papel que lhe competia ou seguir o caminho mais fácil optou pelo último.
Não lhe conhecíamos este feitio madraço!
É tão fácil meter a mão no bolso do contribuinte, por despacho.
Agora implementar as políticas que defendam os interesses dos contribuintes, do ambiente e de tudo o mais, para isso é preciso, vontade, ideias, perseverança e trabalho, tudo qualidades que não se encontra neste governo!
Gostávamos de ter visto o Ministro ser o arauto da implementação da tarifação direta da recolha e tratamento dos RSU e não encapotado vergonhosamente na fatura da água, responsabilizar os contribuintes pelos resíduos produzidos, pela quantidade e pela forma (separado ou indiferenciado), premiar os que separam, criar uma lógica de cada contribuinte pagar em função do seu desempenho ambiental.
Mas não.
Ao Ministro interessou apenas aumentar o pecúlio do Estado assaltando o contribuinte com mais uma medida estupida com nome verde.
Para os mais distraídos, a diferença poderá estar nas asas.

Para os mais atentos é mesmo um problema de capacidade governativa.