A ERSAR e o Jornal Água&Ambiente
atribuíram os Prémios de Qualidade de Serviço em Águas e Resíduos de 2011
durante a 6.ª Expo Conferência da Água, em cerimónia realizada no Tagus Park,
em Oeiras.
“O prémio “Qualidade de
serviço de gestão de resíduos urbanos prestado aos utilizadores” foi
atribuído à empresa Maiambiente –
Entidade Empresarial Municipal, pelo relevante desempenho global da
entidade gestora, candidata voluntária à avaliação da qualidade de serviço, na
recolha indiferenciada e selectiva dos resíduos urbanos do concelho da Maia.
Salienta-se o seu empenho no alargamento a todo o concelho do
sistema porta-a-porta das recolhas indiferenciada e selectiva, bem como na
recolha dos resíduos orgânicos. De referir a utilização de um sistema inovador
para a gestão de reclamações, que permite o seu rastreio e cuja exploração tem
ainda uma margem de progressão. Salienta-se ainda o trabalho desenvolvido tendo
em vista a possibilidade de implementação do sistema PAYT (Pay As You Throw),
em que a população paga o serviço com base na quantidade de resíduos produzida,
e não por estimativa, incentivando a redução da produção de resíduos
indiferenciados e/ou a adesão à separação da fracção reciclável. Refere-se por
fim o facto de ser uma empresa com certificação de qualidade.”
Felicito os autarcas da Maia e a
administração e os colaboradores da empresa Maiambiente. O caminho que seguem
é, em minha opinião, o caminho correcto para enfrentar os novos desafios que se
colocam hoje, relativos à forma de gerir e tratar os resíduos sólidos urbanos.
Para os que achavam que a solução era
impossível fica este prémio atribuído e
merecido.
Este é, em termos gerais, o modelo
que tinha sido vertido para o Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos de
Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, que consubstanciava o Project Finance que suportava o investimento necessário através das
receitas provenientes da actividade desenvolvida no âmbito da actividade da
Tratolixo.
Os “espertos” em 2007 resolveram
inventar um novo paradigma para os resíduos que assentava mais ou menos numa
premissa “abandonar a parte inovadora e exigente nas recolhas, ajeitar as coisas
para que tudo seja igual ao que sempre se fez e esperar um milagre que não
ponha a nu muito depressa que esta atitude é insustentável financeiramente para
os municípios”.
O mesmo Jornal Água&Ambiente na
sua edição de Outubro põe à vista de todos o que se depreendia que iria
acontecer ou seja, a Tratolixo tem já um
passivo de 166 milhões de euros.
Sob a batuta de Domingos Saraiva, a
Tratolixo tem acumulado tiros no pé que muito têm contribuído para a diminuição
das receitas e o aumento das despesas, introdução de alterações em projecto que
custam brutalidades e que enviesam definitivamente o futuro desta empresa.
O abastardamento do inicialmente
previsto no Plano Estratégico de Resíduos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra
ditou que o Project Finance tivesse que ser abandonado, a partir do momento em
que deixou de ser sustentável este projecto, ao abandonar o esforço nas
recolhas selectivas e na valorização dos Resíduos. O que estava suportado no
Project Finance passou a estar suportado nos orçamentos das quatro Câmaras!
Fica-nos a certeza que, não tivessem
sido realizadas as alterações no Plano Estratégico poderíamos estar a assistir
este ano à atribuição ex-aequo do
prémio “Qualidade de serviço de gestão de resíduos urbanos prestado aos
utilizadores” à Maiambiente e à Tratolixo.
Fala-se agora que Domingos Saraiva poderá
brevemente abandonar a Tratolixo para ser nomeado administrador na EGF. É uma
boa notícia para quem acredita que há muito a EGF deveria ter sido desmantelada
e a sua actividade privatizada.
Com a experiência adquirida na
Tratolixo, no máximo dentro de 3 anos já não haverá EGF.
Melhor para o país!...
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